Poemas para não esquecer porque estamos vivos

O que movimenta os girassóis depois que eles amadurecem e param de acompanhar o sol? Ao traçar uma metáfora com essas flores no título do livro Somos Girassóis, a poeta Telma Romão Maia mostra aos leitores os verdadeiros motivos para seguir em frente apesar dos dias difíceis. Com rimas leves e texto coloquial, a autora transparece que o verdadeiro significado da existência humana está no cotidiano. O público percebe que a felicidade pode ser encontrada em todos os lugares: nas conversas corriqueiras com os amigos, no companheirismo de um relacionamento romântico, no amor de uma mãe para os filhos e na calmaria de um domingo antes de retornar à rotina.

“Felicidade é isso
Cheiro de café coado invadindo a casa
(se for junto o aroma de pão de queijo saindo
do forno, melhor ainda)
Uma música que acorda o coração
Um vento leve que sopra na varanda
Sensação de paz
Encontros casuais que trazem boas recordações
para o dia”

(Somos Girassóis, pg. 65)

Por meio desta obra, a escritora propõe um olhar profundo para temas recorrentes do dia a dia: o processo de envelhecimento, as reflexões sobre a morte e as particularidades de ser mulher estão presentes entre as páginas. Ela ainda percorre questões individuais, como as sensações de viver em Goiás e a relação com a escrita, mas sempre conectadas a experiências universais. Com uma série de referências familiares aos brasileiros, que atravessa nomes como Cora Coralina e Chico Buarque, Somos Girassóis reforça o compromisso da poeta de propagar uma literatura para acompanhar a rotina dos leitores. Telma explica: “acredito que o dia fica muito melhor com mais poesia e leveza”. Sucessor das publicações “Casulo” e “Viagem e Versos”, este lançamento concretiza o trabalho poético de Telma Romão Maia após deixar sua carreira como publicitária para dedicar-se à produção literária. É também o resultado da busca da autora por romper com a banalização da vida a partir da poesia.

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